826 VALENCIA
Ouso dizer que o projeto que apresento agora está entre as 10 coisas que mais alteraram a minha forma de pensar o mundo. Cheguei até ele através do blog do We Made This, escritório londrino com trabalhos interessantes.
Para dar suporte escolar às crianças de algumas comunidades pelo mundo, um grupo de pessoas criou centros de acompanhamento, no mínimo, inusitados. São espaços de natureza extremamente lúdica, divididos basicamente em 2 áreas. Uma loja de fachada, em que são vendidos produtos dos mais inimagináveis, voltados para piratas, super-heróis, monstros e por aí vai. E um segundo espaço, no fundo da loja, onde, de fato, há o acompanhamento escolar, realizado por voluntários. O número desta iniciativa só vem crescendo e influenciando positivamente o desenvolvimento intelectual dos pequenos.
A história ficou simplificada e reduzida até aqui, então, sugiro a leitura do post original, uma visita à loja virtual do Ministry of Stories – uma das iniciativas – e depois assistir ao TED Talk do Dave Eggers, o criador do projeto.
CALMA
Assisti, faz um tempo, ao curta sobre o trabalho que o Stephan Doitschinoff desenvolveu em Lençóis, na Bahia.
Fiquei tão impressionado que comprei, com prazer, o livro do cara. O Calma, como é conhecido, tem um traço de forte personalidade e uma temática hipnótica e entorpecedora.
Pra quem não viu, se liga pois o filme é chocrível.
A LINGUAGEM DAS COISAS
Melhor leitura de 2010, o livro de Deyan Sudjic, diretor do Design Museum, é um convite a diferentes reflexões. Passeando pela história dos objetos, a narrativa é estruturada em cinco grandes áreas: Linguagem; O design e seus arquétipos; Luxo; Moda; e Arte. Livro indispensável, com uma leitura fluida e agradável.
Na época do lançamento, várias críticas, entrevistas, artigos foram divulgados. Disponibilizo uma seleção interessante, que complementa e aprofunda a discussão.
Começando por uma entrevista dada ao Silio Boccanera, no Programa Milênio, da Globo News, em 12/07/2010.
TIPO ASSIM
Há um tempo foi publicado um post no IDSGN sobre um santuário de tipos e outras alegrias. O Museu do Neon, em Las Vegas, parece mais legal que o d’Orsay!
E depois de ficar matutando sobre o qual legal deve ser visitar o local, acabei me lembrando de dois outros trabalhos – também relacionados com a tipografia – que são dignos de nota.
O primeiro é um curta sobre o trabalho do David A Smith, artista que faz coisas inacreditáveis com o vidro.
E o segundo é o estilão super old school do Jeff Canham.
Nos links, o post completo do IDSGN. Também um set no flickr com as fotos da visita deles e o site do Museu para planejar o tour.
INSIDE OUT
Fiquei felizão pelo JR ter faturado o TED Prize 2011. O cara arregaça e o projeto Inside Out é genial. Ele já esteve no Rio (Morro da Providência) e avacalhou demais por lá. O Inside Out nada mais é do que transferir pro mundo um projeto que ele iniciou. Você tira uma foto, envia pra ele e recebe um cartazão de volta. Aí, meu amigo, a cidade é sua. Se o desejo dele é virar o mundo do avesso, parece que está se realizando. Sem mais delongas, deixa o cara falar.
PERÍODO SABÁTICO
Chegou em boa hora esta coluna do Divã Executivo, no Valor, do dia 06/07/2011: quem deveria estar deitado nele sou eu!
O ano sabático pode prejudicar a carreira?
Desde que comecei minha carreira, gosto de alternar três anos de trabalho intenso com um ano sabático, que uso para viajar e me dedicar a projetos pessoais. Esse esquema funciona muito bem para mim: considero três anos tempo suficiente para encerrar um ciclo na companhia e costumo receber propostas de emprego com certa frequência na volta. Além disso, sempre volto com energia e ideias renovadas para encarar a pesada rotina da minha profissão. Meu atual chefe, porém, disse que esse comportamento poderia me prejudicar e que só estou conseguindo manter esse estilo de vida porque o mercado está aquecido. Fiquei preocupado, pois gostaria de continuar nesse ritmo, mas receio comprometer meu futuro profissional. O que devo fazer?
Consultor de tecnologia, 36 anos
Resposta:
Tenho certeza que o seu questionamento ajudará na reflexão de muitos profissionais que cada vez mais têm escolhido o ano sabático como item obrigatório na busca por qualidade de vida e autoconhecimento.
O costume de aplicar essa pausa na carreira surgiu há dois séculos no contexto acadêmico, com o intuito de propiciar aos professores uma reciclagem profissional e maior produtividade no seu retorno; os períodos de pausa eram de um ano depois de seis lecionando. Porém, quando falamos de escolhas, falamos de referências individuais. Ou seja, nem todo mundo pode enxergar o ano sabático como algo positivo, assim como nem todas as carreiras se adaptam ao modelo que você adotou.
A sua área de atuação (tecnologia) e a sua escolha de carreira (consultor) permitem essa dinâmica e acredito que você consegue aproveitar esse período como gostaria. Existem empresas que se adaptam às necessidades de determinados colaboradores e oferecem o ano sabático dentro de um pacote de benefícios.
No entanto, essa prática é rara, mas pode se tornar uma tendência diante da customização de pacotes de atração e retenção que algumas organizações têm praticado para terem os melhores talentos em seus quadros. A maioria que opta hoje pela realização de um ano sabático faz isso por uma decisão pessoal e, se está vinculada formalmente a uma empresa, acaba tendo que pedir demissão para poder colocar esse projeto em prática.
O problema em seguir a sua dinâmica não é o da empregabilidade, mas sim o de como você visualiza a sua carreira no longo prazo. Caso tenha como objetivo de vida continuar atuando como consultor de tecnologia, não acredito que o ano sabático será um grande entrave, uma vez que essa é uma carreira que permite a você seguir com o seu atual modelo de trabalho. No entanto, se existe algum interesse em progredir profissionalmente e atuar como gestor, aí sim você pode acabar se prejudicando.
Cargos de gestão exigem consistência, desenvolvimento e experiências por períodos mais longos e estáveis. Até mesmo para abrir o próprio negócio é necessário ter habilidades e comportamentos que somente ciclos mais completos e mais amplos do que uma contribuição mais pontual como consultor podem oferecer.
Isso significa que seu atual ritmo pode comprometer a sua empregabilidade se você um dia decidir mudar de carreira. Manter a ideia da pausa seguindo outros intervalos de tempo vai depender do seu autoconhecimento e do seu planejamento financeiro.
Os especialistas no tema dizem que, caso você decida pelo ano sabático, é recomendável que você aproveite mesmo o final de um ciclo profissional (cargo, projeto, contexto) para realizar essa pausa e que se programe para que ela realmente aconteça e seja vivida sem nenhum tipo de culpa.
Sofia Esteves é psicóloga com especialização em recursos humanos e presidente do grupo DMRH.
NON-ZERO SUM
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Desejo compartilhar aquilo em que defendo e acredito. Por uma lógica que parece banal, mas é rica de significados: o ganha-ganha. E, não dá pra pensar nisso sem falar no TED, incrível iniciativa do Chris Anderson, que tem como mantra o ‘ideas worth spreading’, algo como “vale a pena espalhar ideias”. E vale mesmo.
Para conhecer, então, um pouco o genial conceito non-zero sum, um TED Talk do Robert Wright. Incrível.
Bom proveito! E vida longa às ideias.