Na conjuntura da reformulação da estrutura e do corpo médico de uma tradicional clínica radiológica da região do Barreiro, em BH, fui convidado a realizar uma ruptura em sua comunicação visual. Do passado, só restaram o nome e a história.

Parafraseando Bruno Munari, a solução do problema se encontrava dentro do próprio problema. O conhecimento e a técnica de leitura dos exames carregava em si o partido no qual desejava assentar e desenvolver o projeto. Por um lado, a própria marca se apresenta radiografada. E por outro, há no uso das texturas de papel marmoreado um jogo em que, além da fruição estética, parece que nós – leigos – estamos diante de uma espécie de raio X.

Sou grato pela oportunidade de trabalhar com os quatro sócios da clínica, que acreditaram e financiaram a realização de um projeto ousado para o setor em que se insere. E, acima de tudo, por concederem imensa confiança, dedicação e liberdade de criação durante todo o período de execução. Vale o registro que a criação do texto da peça promocional é do Zé Celso. É impossível não citar também a importância de Montse Buxó e tantos outros artistas que realizam lindas obras através da técnica de marmorização de papel.