Conjunto Moderno da Pampulha
É um projeto de design. Mas poderia ser uma aula de história, arquitetura e urbanismo, modernismo brasileiro, planejamento de Belo Horizonte. O Conjunto Moderno da Pampulha é formado pelos edifícios e jardins da Igrejinha, MAP (antigo Cassino), Casa do Baile, Iate e o espelho d’água no trecho que os articula.
A prefeitura de BH, através da Fundação Municipal de Cultura e por meio do IEPHA e do IPHAN, elaborou um projeto para submeter o Conjunto a um processo de candidatura para integrar a lista do Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco.
A nós, na Greco Design, coube estruturar o conceito e a tradução visual da importância cultural que representa a Pampulha para a sociedade global. A proposta é simples: a Pampulha só existe enquanto conjunto. A arquitetura de Niemeyer, o paisagismo de Burle Marx e o espelho d’água são, por assim dizer, únicos e indissociáveis. Para lermos “Pampulha”, devemos viver a Pampulha. O Conjunto é irreproduzível.
A solução parte do desenho tipográfico, que sugere a palavra Pampulha construída em três camadas. Elas podem se dissociar, porém sob o risco da ilegibilidade. Três trabalhos de tipografia foram especialmente importantes na fase de pesquisa do projeto: as famílias tipográficas History e Julien de Peter Bil’ak e a Nebulae de Luc(as) de Groot.
O projeto contou com a direção de criação do Gustavo Greco, apoio incondicional do Tidé e da Emília Junqueira, produção gráfica do Allan Alves e consultoria em tipografia do Rafael Neder. Cabe um registro pela especial contribuição de uma extensa ficha técnica de todos os agentes que participaram com atenção e dedicação no desenvolvimento do projeto. Uma baita equipe interdisciplinar (dos zeladores ao prefeito, passando pelos arquitetos, pesquisadores, historiadores e tantos outros), sempre disponíveis para atender nossas demandas e requisições.